12 de dez. de 2008

"This clock never seemed so alive"

"All of the things that I want to say
Just aren't coming out right
I'm tripping in words
You got my head spinning
I don't know where to go from here

There's something about you now
I can't quite figure out"

11 de dez. de 2008

"Hoje eu acordei com uma vontade danada..."

Uma vontade de pular nos teus braços, te morder, abraçar, me jogar, te beijar...
De me levar, de você me levar.
Uma vontade imensa de acordar ao teu lado, brigar, fazer as pazes, tomar um café.
De fazer, acontecer, jurar, desmentir.
Uma vontade de estranhar, olhar nos olhos, me abrir, cair, subir, descer.
De te pegar, acalmar, lembrar e salvar.
Uma vontade de me entregar, escolher, sentir.
De adorar, acolher, viver de novo, sonhar contigo.

Verbo por verbo...

5 de dez. de 2008

Casa no campo

Ando exigindo demais dessa vida. Mas se eu não exijo, já que só a mim convém, quem exigirá por mim?
Preciso de férias do mundo, de todos e até das minhas impaciências e idiotices. Ficar longe de tudo, inclusive de alguns anseios. Tentar invadir, só e somente só, o meu lado positivo e sereno. Sentir o meu corpo tranqüilo e uma respiração amena. Ouvir preto e branco, sem incômodos, nem sordidez. Ver só uma mancha negra ao fechar os olhos. Estar entregue ao natural. Imaginar sem impaciência. Abrir a mente e cativar só energias positivas. Me desligar do pessimismo interior. Regar o meu bem preciso.
E acabando? Reestruturada!
Não precisa ser tanto tempo. Se eu conseguir realizar os já referidos e ficar em paz em um dia só, estará perfeito.




"Eu quero uma casa no campo, onde eu possa ficar no tamanho da paz. E tenha somente a certeza dos limites do corpo e nada mais.
(...)
Onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros e nada mais."

27 de nov. de 2008

Por trás das lentes

Uma expressão feliz. Assim, no olhar. É dela, desta expressão, que eu preciso viver. Tem vindo em poucos momentos atualmente, mas em simples e bom tom: como eu gosto! Só me falta vir com mais freqüência. Sem tirar, nem pôr, é assim que eu quero. Por favor!

13 de nov. de 2008

Uma vida-Aline

A vida de Aline caminha curta e grossa, caríssimos. Não, ela não está agüentando. Sim, ela quer paz. As noites dela estão insuportáveis. É, por mais que tente disfarçar, as pessoas estão percebendo. Não, não é só o vestibular. Não, não é melhor expor os problemas. Ela alega passar preocupação desnecessária ao próximo, mesmo íntimo.
"Os dias passam rápido", ela diz. Aline adora o tempo passageiro, mas teme à morte e aos desafios conseguintes. A morte, em função dos desafios e outras questões que a atormentam agora, ela deixou um pouco de lado, mas não a esqueceu. Pois é, infelizmente. Aline está insegura. Ela não é assim. Ela não pode ser assim.
NÃO, não. Aline NÃO é suicida. Por favor, não interpretem mal. Mais uma vez: ela TEME à morte.

Aline não é só um sexo feminino. Não é mesmo!

19 de out. de 2008

Voz ativa

"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. A gente estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu. A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar. Mas eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá."

Às vezes a impressão é de que meu o mundo não é mais o mesmo. Parece que nem as vontades são próprias ou controláveis. Parece que há momentos que existe alguém querendo manipular meus atos e até minhas gentilezas. Uma força maior.
Não queiram me "marionetar". Quando me sinto a vontade, eu ajo, sem precisar de terceiros.
Eu quero ser dona de mim, do meu mundo, dos meus anseios. Dona do meu tempo...

8 de out. de 2008

Ah, sim!

Como eu pude esquecer?
No dia da árvore, eu, também (entre telefonemas e visitas), recebi um e-mail lindíssimo!
A saudade tomou conta de mim, como foi com a emoção entrelaçada por uma felicidade imensa. Tudo de uma só vez e me vieram lágrimas nos olhos.
Ai, como é difícil ter uma amiga longe.

Lembram daquela preocupação? Pois bem, agora está tudo nos conformes e vem alguém por aí. Em vez de uma só, voltarão dois (duas) do Canadá. Ela nos traz consigo mais um(a), que iremos conhecer no início de 2009. Curiosa, eu? Nem me fale!

Um amor imenso, um carinho inexplicável. Amo, amiga. Ou melhor: OS amo!

Anulado

Eu iria contar-lhes como foi a explicação da pessoa do post abaixo, mas a minha Chará me abriu os olhos pra um óbvio que eu não enxergava (ou não queria enxergar).

Portanto, esse post será nulo!
Até o próximo!

7 de out. de 2008

Por que?

Estive falando com uma pessoa agora. Desabafando, finalmente, o que eu tinha vontade de falar há tempo. O fiz e, gostando ou não, ele não foi rude como eu pensava que seria.

Eu fico tão triste em saber que as pessoas mudam tão rapidamente e estranhamente.
Essa pessoa, por exemplo, era encantadora pra mim. Na época que nos conhecemos (não faz tempo, início desse ano, se não me falha a memória), eu admirava a sua gentileza e o quão afetuoso ele era. Agradável, super simpático e acolhedor. Divertido, paciente e super, mas super mesmo, amparador. Adorava conversar com ele. Fluía de uma maneira... Gostava mesmo!

Lendo o Blog dele, desde aquela época até agora, percebi uma mudança tão radical. Fiquei impressionada! Como poderia aquela humildade toda ser jogada no ralo? O que houve? Foi o dinheiro? Algum tipo de fama? Ele era tão bonzinho. Por que se tornou um (talvez) boçal? Por que me tratara com tanta indiferença? Que arrogância estranha. Aquela pessoa não é mais a mesma. Na verdade, é como se eu não conhecesse mais.

"Ah, mas você ainda faz questão de ter ao seu lado alguém assim?" Não é isso. Não é questão de tê-la ao meu lado. Eu só queria entender os fatos, as mudanças e indiferenças. Quem me conhece, sabe: eu não consigo segurar o orgulho por tanto tempo, SEMPRE quero entender o que houve.

É como eu lhe disse: "Eu acho tão bizarro uma pessoa boçal. Principalmente aqueles que eram humildes e, num espaço mínimo de tempo, mudou. Eu fico assustada, inclusive. Como pode, sabe? Porque se a pessoa já nasce assim, acostuma-se e nem se convive. Mas mudar? Pô... Por que? Pra quê? Isso espanta, tanto as pessoas do sempre, como as do "futuro próximo"."

Ele me falou que está feliz assim. Venhamos e convenhamos, é possível ser feliz assim sempre*?

A explicação pra essa revolução toda, ele disse que me diria mais tarde.

*Acho que nem eu me agüentaria, quanto mais o meu mundo!

30 de set. de 2008

Trident


Oi! Quero-lhes apresentar o meu vício. O Trident Hortelã/Menta (azul ou verde) anda sempre comigo no mínimo, uma embalagem (contendo 5). Coisa antiga, sabe? Sim, sou dependente. Não, não vivo sem. Quer dizer, "viver sem" é algo muito vão. Eu não morreria sem ele, mas fico bem agoniada com a tal ausência. Eu sei que pode não ser pra tanto, mas a gente se completa. Eu adoro tê-lo por perto. Na minha boca, então... Hummm!

As pessoas me enchem os ouvidos dizendo que eu vou ter uma gastrite ou até uma úlcera. Escuto isso faz tempo: "Chiclete engana o estômago"; "Você está envenenando o seu estômago"; "Ele produz o suco gástrico pra nada e cobra isso de você"; "Já está mascando chiclete, Aline? Logo cedo? Você não tem jeito". E não tem jeito mesmo. Já tentei substituí-lo com Mentos, Tic-tac, entre outros, mas esses são só complementos e não substituem o magnífico. Além disso, vejam o lado bom: é diet, sem açúcar, não estraga os dentes e nem engorda. Hum? E pra completar, é uma delícia. Acho ótimo!

É, eu confesso que, às vezes, ele é teimoso e me dói o estômago. Mas aí já são outros 500...

Foto: Aline Alves (Posso ficar orgulhosa? Gostei tanto!)

24 de set. de 2008

O dia da árvore

Desculpem a ausência! Estou bem em falta com vocês, meus visitantes. Pense num corre-corre...

Bom, como prometido, vou contar-lhes sobre o dia 21 de setembro.

Recebi a primeira mensagem às 23h50 do dia 20 de setembro. Dez minutos antes para ser o primeiro.
Às 00h00 (21) recebo uma ligação: a primeira do dia! Uma linda!
Empate: Os dois foram os primeiros!

Acordo e ganho um "PARABÉNS!", repleto de bafo e voz de sono, de quem está do meu lado e um pouco abaixo: a minha irmã, Juliana!
Vou ao banheiro e, já tirando a roupa para tomar banho, escuto um "Parabéns pra você, nesta data querida...". Era a minha mãe. Ela me manda sair do banheiro e me dá um abraço delicioso.

Tomo banho e vamos (eu, minha mãe e minha irmã) ao Hiper de Casa Forte. Pegamos o meu pai numa carreata. Tive que pedir Parabéns pra ele, que alegou nem ter tempo de desejar espontaneamente. Padaria (uma torta suculenta, umas torradinhas, coxinhas...). Casa. Shopping Plaza. Casa outra vez.
Recebo uma visita de uma amiga querida! Conversamos e ela foi embora.

Em meio de telefonemas, fui me arrumando. Iríamos (eu, meus pais, minha irmã, meus tios e primos) ao Rouge. Crepes, chocolates quentes, café, capuccino, pãozinho de quejo. Aquele climinha alternativo da creperia é ótimo!
Enquanto comíamos e conversávamos, as (minhas) meninas ligavam. Iríamos sair pra algum bar. Apressei, sem tanta pressão, as pessoas. Viemos à minha casa. Como não poderia faltar, cantamos parabéns e saí correndo pra o bar. Meu primo (Felipe) nos (eu e Raquel) levou. O local escolhido foi o Portal do Derby. Conversamos, colocamos o papo em dia, comemos. Foi uma noite bem agradável!

Cheguei em casa exausta, mas feliz! Senti falta de algumas pessoas (Cris e Mayara foram duas que eu senti muito) que não me ligaram, o que é bem importante pra mim. Preferi relevar. Talvez não tenham tido tempo, problemas da vida ou até esqueceram mesmo, acontece!
Mas uma me surpreendeu: a minha tia. Ela que sempre me ligou, sempre foi a primeiríssima! Tia Terezinha nunca (repetindo: NUNCA) esqueceu do meu aniversário, uma semana antes já me ligava. Passei o dia perguntando por ela, mas esqueceu. No outro dia, liguei pra ela. Super preocupada, entrou em pânico quando eu disse que ela havia esquecido. Falou-me que não sabia o quanto a ligação dela era significante, mas que esqueceu mesmo, deu um branco. Me pediu mil desculpas. Ela não havia percebido ainda, mas a amo!

Ah, no dia 22, gente, acordei MUITO enjoada. Misturei muito no dia anterior. Mas não foi de bebida não, até porque eu nem posso beber, por causa do remédio. Foi de comida! Comi tanto, que acordei precisando de um sal de fruta (ou sal de frutas? ¬¬).

Apesar dos pesares, eu adorei! Estava precisando sair o dia todo, sabe? Quase sem parar em casa. Fazia tempo que isso não acontecia.

P.S.: E pra quem não sabe, dia 21 de setembro, é, também, o dia da árvore. Bacana, não? (Ôr!)

21 de set. de 2008

Dia da árvore!

Hoje é o MEEEEEEEEEEEEEEEEEEEU aniversário, que eu adoro!

Amanhã eu conto como foi.
Beijinhos!

16 de set. de 2008

É o seguinte...

Ando meio ausente e acho que tende a continuar assim. Vou tentar administrar o meu tempo, de uma maneira que dê pra eu ficar escrevendo com freqüência.

Primeiro que o vestibular tá aí. Gente, ESTÁ AÍ, na porta. Pensem no desespero. Dois meses e um pouquinho. Será que eu estudei o suficiente? Preciso revisar isso, isso e isso. Mas é muita coisa! AAAI! Ô, ano, acaba logo!

Segundo que eu estou meio aluada e muitíssimo preocupada (além de abismada) com algo que, posteriormente, direi aqui. É o tipo da coisa: você nunca imagina que aconteceria com alguém tão próximo. É quase que com você, sabe? Difícil, mas superável e apoiável.
Me desejem fortaleza!

13 de set. de 2008

Cai reboco

Todo dia meu rosto está despelando ao entrar em contato com a temperatura baixa - não sei ao certo se é por conta do frio, mas é o que venho constatando. Detalhe: a sala é um gelo!
Me informaram que é normal e é a fase inicial (passarei mais, no MÁXIMO, 1 mês com essa reação).
Só que todo dia eu reclamava, ficava puta da vida! Me sentia uma parede com pintura velha, que vai caindo a tinta depois de um tempo... Hidratava e de nada adiantava.
Agora, passei a gostar disto. Me sinto como se tivesse renovando. Aquele reboco velho indo embora. Vou ficar bem, glamourosa, olhando pra frente e ainda me apoderando do "impinar o nariz". Sem medo. Passo a gostar ainda mais, quando vejo que alguns, como diria minha amiga Jessica, "abortos vivos" zombam disso. Eles não sabem o motivo daquilo e nem sabem que eu estou adorando. Afetou já... E muito. Mas foi até agora, juro, nesse minuto. Não afeta mais.

O remédio que estou tomando é forte, agressivo. Agride já, para um efeito milagroso no pós. Mas encantador, de uma índole "imparmente" ímpar. Um amor de "pessoa", que vai estar comigo durante sete meses.
Obrigada, meu messias!

10 de set. de 2008

E por falar em amor...

Existem alguns que, de fato, são inabaláveis. Aqueles que preservo numa sinceridade imensa, que prometo não matar os pais e que estão comigo sempre. Aqueles que eu sei perseverar e confiar. Aqueles que eu peço e dou socorro. Aqueles, poucos, estão aqui no meu ombro e faço questão de carregar esses pesos leves e confortáveis.

Posso, hoje, dar um ênfase maior à uma criaturinha? Sei que posso e devo muito.
Há alguns quase 12 anos, ela esteve muito presente de uma forma nada ínfima em minha vida. Sabe essas baladas que foram referidas nos posts mais atuais? Ela participou de 99%, se não 100%. Esteve na minha primeira saída. Me ajudou, com a pouca experiência, na minha primeira menstruação (11 de setembro de 2001. Verdade, no dia do atentado terrorista). Viu, literalmente, o meu primeiro beijo. Foi comigo ao meu primeiro show. Me ajudou a apresentar alguns namorados aos meus pais.
Tantos casos, tantas loucuras, tantos... Micos? Incondicionais. Nossas discórdias sempre foram ridiculamente sarcásticas, com uma duração de, no máximo, 3 minutos! Tendo uma exceção, que nem vale a pena comentar.
Eu aprendi a lidar com inúmeras dificuldades. Você é uma das mais responsáveis por elas.
A nossa época de Fashion Club (matinê) sempre vai ser mencionada, nunca esquecida. Uma das melhores fases dessa nossa história.
Eu gosto de você por perto, mesmo que, atualmente, há algumas léguas de distância. Adoro nossa amizade, tuas façanhas, desarmonias e desavenças. Venero os teus conselhos, quando me entendes e falas o que preciso ouvir. Tua risada é hilária. Teu caráter nunca duvidoso. Adoro a tua família: sempre tão carinhosa e aprazível. Teu jeito é mais do que singular. Tuas histórias divertidíssimas. Teus telefonemas fora de hora são chatos e intrigantes (curto, mesmo assim), mas os em hora certa são, precisamente, amáveis. Tua forma de pensar "despensando", agindo impulsivamente. Tuas respostas bruscas, sem pensar. Teus movimentos involuntariamente voluntários. Teu abraço... E sabe do que mais? A-do-ro a tua mosca! (Hahaha)

Carol é uma irmã que eu pude escolher a dedo (não o podre, o limpinho). Que eu faço questão de cativar constantemente e não deixar ao Deus dará. A gente se completa "descompletando" e assim vai... O orgulho só aumenta e a paz... Nem comento.

Nessas longas datas, nunca ficamos tanto tempo longe uma da outra. Mas chegou a época e coincidiu bem com o teu aniversário. Tá sendo foda! A impossibilidade de poder falar a qualquer momento arrepia de saudade. Mas o tempo voa e jajá estaremos juntas de novo. Enquanto isso, aproveite todos os minutos "maravilhosamente" bem, se cuidando e pensando sempre que essa é uma oportunidade mais do que ímpar.


Amiga, hoje, 10 de setembro de 2008, te desejo o maior Feliz Aniversário brasileiro do mundo! Diferente e melhor de todos que eu te dei até hoje, já que eu não posso te falar pessoalmente. Tu sabes que eu torço demais pelo teu sucesso! Que todas as energias positivas se voltem pra você e façam jus às suas qualidades lindíssimas.
Ah, espero que essa Vancouver te devolva igualzinha!

E como não poderia faltar:
"Te adoro e você vem comigo aonde quer que eu voe. (...) As coisas são assim. E se será, será. Pra ser sincero, meu remédio é te amar, te amar. Não pense, por favor, que eu não sei dizer... Que é amor tudo o que eu sinto longe de você"

Te amo como nunca!
Um beijo bem enorme e um abraço pleno de saudades!

8 de set. de 2008

Balada do amor in(abalável) - Capítulo 4

No telefonema, com uma voz precisa, perguntei onde ele estava. Ficou calado. Perguntei outra vez. Falou que havia ido pra BH. Perguntei o motivo de não ter me falado que ia pra lá. Ele responde que resolveram tudo de última hora e não deu tempo de me avisar.
- Com quem você está aí? - perguntei
- Com o rabino e três amigos.
- Quem são os amigos?
- Gustavo, Leonardo e Pedro.
- É? Me liga daqui a 5 minutos?
- Certo.

Liguei pra menina de BH. Perguntei por Júlio e ela disse não saber de seu paradeiro. Falei que ele estava em BH. Ela gostou de saber e falou que ia procurá-lo. Bandida! Ainda teve a coragem de me provocar.

Ele me liga de novo. Pergunto por que ele não me diz logo a verdade. Ele fala que se for pra eu ficar desconfiando, é melhor desligar. Eu peço pra falar com um dos amigos. Ele diz que não dá, alegando a impossibilidade do amigo. Eu não entendo. Ele fala que o amigo não fala com estranhos. Mas que desculpa foi essa? MEU DEUS! Santa criatividade... Desligamos.

Ligo pra Ilan (primo de Júlio) no desespero. Ele me acalma muito, mas não totalmente. Eu precisava logo saber da história real. Até pra Samantha (irmã do Portuga) eu liguei, mas ela tirou o corpo fora.
Ligo pra Portuga. Pedi pra ele me contar tudo sobre o que estava acontecendo entre Júlio e a menina de BH. Ele disse que o deixasse fora dessa. Insisti muito, por tudo.
- Aline, está na sua cara, só você não vê!
- Me conta tudo, por favor? Eu preciso saber detalhes, pra poder aceitar de vez, sabe? - insisto eu, já aos prantos.
- Tá, vou contar. Agüento mais não. Seguinte, Júlio e a menina de BH estão namorando. Ele está agora na casa dela.
(Fiquei muda)
- Tá aí ainda? - pergunta Portuga
- Unrrum. Termina.
- Tudo começou no seminário... Ele ficou com uma outra garota lá e depois com a de BH. Começaram a namorar. Ele foi pra Recife namorando com a outra e o objetivo principal de voltar pra SP era de ficar mais próximo dela. Sabe a peguishá? Eles estavam juntos lá. Sabe o dia que ele disse que foi à Brasília? Era mentira, ele foi à Belo Horizonte. Agora ele está lá, com ela. Desculpa não ter te contado antes, mas ele pedia pra eu negar. Sempre dizia pra ele te revelar, que não era certo com nenhuma das duas. Ele dizia que gostava das duas e não queria acabar.

Imaginem, agora, o meu estado naquele momento? PAS-SA-DA! Foi duro ouvir tudo aquilo e não ter pra onde fugir. Era verdade, não adiantava mais negar, nem fingir que não acreditava.

Preciso falar com ele. Desligo com Portuga, que pede pra eu deixar o áudio do MSN ligado, que ele queria ouvir. Tudo bem, deixei. Até então eu não sabia, mas isso seria gravado e viraria motivo de chacota.

Ligo pra ele e continuou negando, mesmo eu falando tudo que sabia. "ACABOU, Júlio, A-CA-BOU, ouviu?!" Ligo pra menina de BH. Aos berros, explodi tudo que Portuga havia me falado. Ela não tinha mais como contestar. Me pediu mil desculpas e assumiu. Júlio estaria ao seu lado, naquele momento. Eu nem lembro direito o que falei, ao certo. Sei que dei uma bela de uma esculhambação e ela, chorando, só se desculpava, dizendo que havia sido enganada também. Mas, querida, nada é motivo pra você se fazer de amiguinha. Era melhor nem ter tido algum contato comigo.
Pedi pra falar com ele e o cafajeste não quis.

Eu não acreditava no que estava acontecendo comigo. Aquele era o nosso namoro, não só dele. Não tinha o direito de acabar com tudo. O que eu fiz pra merecer? Eu dei tantas oportunidades da verdade ser dita e ele preferiu esconder. Seria tão mais fácil. Ou não?
O dia seguinte pra mim foi horrível. Teria prova, mas nem a primeira questão consegui ler.
"Amiga, ele vai se arrepender, vai te pedir pra voltar e tu vais ser forte, orgulhosa e segura no que tu quer (se livrar dele pra sempre)!" Todas me falavam.

Júlio passou mais dois dias em BH e voltou à SP.
A partir daí, começou o drama. Num intervalo de aula, recebo uma ligação. Era ele. Me pedia mil desculpas, admitia o erro e, mesmo sabendo da não-volta, pedia que eu entendesse. Falou também que acabou com a menina de BH. "Entender mais o quê? Que droga... Olha o que você me fez. Perceba!" Ele diz que não vai desistir e desligamos.
Os meus dias passaram a se resumir na resistência à uma puta dor. Aquele quengão me passou pra trás e eu ainda gosto dele? Vamos tratar de esquecê-lo?
Era difícil... Ele passou uma semana insistindo falar comigo. E-mail, MSN, torpedo... Não ligava. Estava impossibilitado de ligar, já que não lhe haviam mais créditos. Daí pede pra eu ligar. Resisti muito e terminei ligando. Ele diz que vai voltar à Recife e que irá pagar as ligações que eu fiz pra ele, até porque era a pedido dele que eu ligava. Burra, né? Muito burra! Mas não viram nada. A burrice vai aumentar.

Ligações e mais ligações feitas. Ele se passava por sofrido. Lágrimas não lhe faltaram. Pense num drama. Pensou? Multiplique por 1000 e acrescente um punhado... Ou melhor, 300 punhados de mentira. Pronto? ABUSO! Digo abuso agora, mas naquela época... Dava um dó. Eu poderia crer que ele estava melhor, que havia mudado. Mas não cedia (isso durou 1 mês). Todos os dias nos falávamos. É, dei trela pra cachorro manso.
Eu ajudei com a sua volta à Recife - sua família não o queria por aqui, vejam com quem eu fui me meter. Sim, foi isso mesmo. Eu avisei que a burrice aumentaria e só tende a crescer. Com a data marcada para retornar, cedi aos "encantos" de Júlio e voltei o namoro. As pessoas não conseguiam entender o por que de eu ter voltado com alguém como ele. Fui bem julgada, mas tem horas que precisamos levar 3000 tombos pra acordar.

Recife o tinha mais uma vez. Tudo "maravilhoso"! Até que, 15 dias depois, chegou a conta mensal de telefone. "O QUÊÊÊ? Fu-deu tu-do! Me dê por morta, Júlio!" Calma, meu amor, eu disse que ia pagar e VOU! Acreditei. Minha mãe não iria admitir 2500 reais pra ela pagar. Foi isso mesmo: dois mil e quinhentos reais jogados fora!
Fomos juntos (eu e ele) comunicar o estouro ao meu pai. Falamos logo que iríamos conseguir o dinheiro. Meu pai ficou pasmo, mas a ficha ainda não teria lhe caído. Escondemos da minha mãe por um tempo, mas tivemos que falar. Gente, foi horrível! Ela não entendia por que eu tinha feito aquilo, muito menos como eu consegui. Eu só chorava. Não conseguia falar nada. Foi a maior decepção da vida dela, com certeza. Não só pelo dinheiro, mas no estágio de translucidez que eu fui parar, por conta de uma "porra de um namorado". "Filha, você nunca fez isso... Ai meu Deus, o que eu vou fazer?!" Muito ruim... Muito mesmo! Ela me mandou escolher entre nós, família, e ele, namorado. Na hora, ainda em transe, achei aquilo um absurdo. Mas ela sabia o que estava fazendo e que seria pra o meu bem um choque desses. E foi a coisa certa! Eu precisava!
Disse pra ela que havia acabado, mas fiquei namorando escondido.
Júlio procurava dinheiro e não conseguia. Eu achava que ele já teria, ao menos, metade da grana. Mas não tinha NADA. Vendeu, me passando na cara, o vídeo-game: 350 reais. Ainda nos faltava 2150.
Ele "tentou de tudo" e nada. Prometeu que pagaria... Até hoje nem sinal. Meus pais tiveram que pagar.
Enquanto isso, o nosso namoro se transformara numa loucura. A minha desconfiança, as mentiras dele (incrível, vocês não têm noção das "mirabolâncias"), a preocupação em camuflar os encontros... Um inferno!

Até que, depois de inúmeras mentiras, teve uma que se transformou em fim. Eu não agüentava mais aquilo. Não tinha mais fôlego. O que eu faria ainda com aquele indivíduo? Tá na hora de acabar com tudo isso, levantar e inovar, cuidar de mim.
Acabou! Minha nossa, acabou MESMO... Que alívio! Sabe uma leveza no corpo? Me tirou um peso enorme. Agora sou eu, sabe? A que eu conheço, que tomou coragem e...

Depois de 2 meses, voltamos.





BRINCADEIRA! Hahahaha Volto mais não, queridos!

O fim pode não ter sido tão emocionante, mas pra mim já valeu e MUITO!

Perdi muito tempo, conhecimentos estudantis, ganhei uma insegurança remosa, desmoronei minha família e briguei com amigos. Agora tudo bem, graças a Deus!
Mas de algo valeu: estou vacinada pra esse tipo de gente. Pronta pra outra! Quer dizer, quero outra dessa não.

E assim termina a minha balada do amor abalada, disposta a "desabalar".

FIM (de um Início)

P.S.: Só um desabafo: analisando agora, eu nunca, mas nunca mesmo, gente, subestimei tanto a minha inteligência como aconteceu nessa história.

6 de set. de 2008

Balada do amor in(abalável) - Capítulo 3

Ele havia deletado o orkut. Normal, não teria tanto tempo, nem computador disponível. Nos falávamos por MSN ou telefone, às vezes. O mais constante era por torpedo.
Num dia qualquer, fui visitar o orkut de Portuga (aquele que viajou com Júlio). Quando fui deixar um recado em seu scrapbook, percebo que havia outro de uma menina. Ela dizia pra ele cuidar bem do Júlio, que ficasse de olho. Isso me deixou bem alerta. Visitei o perfil da tal menina. De BH ela. Lá, tinha um recado de uma amiga dela perguntando se "ele" (no caso, Júlio) já havia deixado a outra (no caso, eu). Entrei em pânico!
Fui falar com ele, claro. Alegou ser uma amiga que conheceu no seminário, que era super normal a preocupação dela por ele e pronto. Meio que "Se dê por satisfeita!". Ok, "acreditei". Tu achas? Fui à procura. O orkut da menina era visitado por mim todo o tempo. Eu via cada coisa... Até falava com ele, mas este negava sempre alguma relação além da amizade . Todos me avisavam que eu estava sendo uma burra, que estava sendo traída... Eu fazia de tudo pra não acreditar naquelas, que eu julgava, picuinhas.

Até que a menina de BH, do nada, liga pra mim. Me diz pra eu deixar de ser noiada, que ela não tem e nunca vai ter nada com Júlio. Só estava preocupada, já que criaram um vínculo afetivo enorme e ele estava em São Paulo, que é uma cidade muito movimentada e traiçoeira. Passou uns 30 minutos no telefone comigo. Me fez crer em cada palavra e nos tornamos coleguinhas. ¬¬
Mesmo assim, a desconfiança continuava.
O caso se agravou e eu cheguei ao ponto de criar um fake (orkut falso) pra desmascarar toda aquela farsa. Deu certo. Ela revelou. Mas ainda não foi o suficiente pra eu cair na real.
Minha vida estava um verdadeiro inferno. Tudo girava em torno dessa "minha insegurança". Júlio me colocava na parede o tempo todo. Falava que se a nossa relação fosse pra continuar sem confiança, era melhor acabar. Ele pediu um tempo e eu, como nunca havia imaginado (sempre julguei mal esse tipo de coisa), aceitei. Sim, ele queria sair pela tangente e me deixar na corda bamba.

Passou-se um tempo e ele me informou que haveria uma peguishá (encontro/acampamento para jovens judeus) em Belém-PA. Fiquei meio cabreira, até porque ele iria pra terra da ex-noiva e teria de seguir todas as regras judaicas, não podendo falar comigo em certas situações.
Ele foi... Se muito, em 7 dias (se não me engano) a gente se falou 3 vezes.
Voltou à SP e, dias depois, me disse que iria à Brasília acompanhar um rabino numa cerimônia.

São Paulo de novo.
O tempo? Quase que não teve: nos falávamos sempre por torpedo.

Estava chegando Rosh hashaná (ano novo judaico) e Júlio iria pra algum interior paulista com um rabino. Não iríamos poder nos falar: segundo ele, nesse feriado era proibido o uso de celular ou qualquer tipo de meio de comunicação. Fazer o quê, né?
Não sei bem o por que, mas me deu um estalo e resolvi ligar pra casa onde ele estava morando. Perguntei dele e a pessoa do outro lado da linha me disse que ele havia ido pra BH.
- Pra onde, moço?
- Belo Horizonte, filha. Não é o Júlio de Recife? Pois é, ele foi pra lá.
- Ah... Tá! O senhor sabe quando ele volta?
- Não sei, não.
- Cer-to. Obrigada.

BELO HORIZONTE: lugar onde se situara a tal menina, que eu havia desconfiado e me ligou se passando por companheira.

Gente, ele me falou que iria pra um interior paulista.
CRISE! Passei uns 20 minutos olhando pra o telefone... Sem acreditar no que estava acontecendo e pensando no que iria acontecer. Ah, isso não pode ser comigo. Calma!

Liguei pra ele. Fora de área. Mando um torpedo: "Estou desesperada, preciso falar com você urgentemente". Ele ligou.

Quer saber como foi o telefonema e o fim desta história?
Leia, amanhã, o capítulo 4!
Beijinhos e boa noite!

5 de set. de 2008

Balada do amor in(abalável) - Capítulo 2

Estava eu, num meio jovial, aos 15 anos, numa festa; dessas de prédio. Era uma sexta-feira. Interessada num garoto, nem percebi que havia alguém diferente por ali. Vi depois, enfim, ao longe, uma pessoa (Júlio) com uma kipá. Algo anormal por ali. Ele veio até mim, não sei como. Conversamos, do nada. E quando vimos, sabíamos quase tudo da vida um do outro. Se tratava de um judeu, que, aos 17 anos, estava noivo (paaasmem a loucura da pessoa). Ele estava morando em Israel há um ano e, naquela época, em férias (voltaria depois de uma semana) no Brasil.
Na segunda-feira, ele foi no meu colégio e nos tratamos como velhos amigos. Um abraço bem especial: ele partiria depois de uns 5 dias.
Trocávamos e-mails o tempo todo. Até comecei a namorar esse último, que citei no Capítulo 1 (o tímido ao extremo). Os conselhos eram dos melhores. Fazíamos vários planos para a volta dele. Como seria, os passeios, tudo.
Passou-se um ano e Júlio voltou ao Brasil (férias de novo). Eu estava nervosíssima. Fui ao aeroporto pegá-lo. Adivinha quem eu encontro? A noiva dele. Sim, ela, que mora em Belém-PA, estava aqui em Recife. Ele chegou e falou com todos, menos comigo. Puta da vida, quase indo embora, ele foi ao meu encontro. Foi rapidinho.
1 mês e meio se passou. Júlio me enrolou, me enrolou - alegando a presença da noiva - e não nos vimos. Ele voltou para Israel. Esse seria o seu último ano (2006) - ele não sabia, achava que viria de novo em férias e voltaria pra estudar em alguma faculdade.
Em fevereiro de 2006 acabei o meu namoro. O noivado dele estava meio balançado. Os nossos e-mails ficavam cada vez mais intensos. Já não se tratava mais de uma amizade forever and ever. Era muito mais. Eu me realizava a cada mensagem ou a cada notícia, por mais simplórias que fossem.
Em meados de junho/julho, Júlio acabou o noivado: a namorada tinha lhe colocado (vários) chifres. Consolei, fiquei triste, porém, tudo no maior cinismo do mundo. Eu estava pulando de felicidade. Ele chegaria em dezembro e a ansiedade me manipulou total.
Era dezembro. Não pude ir buscá-lo no aeroporto, mas liguei na hora que ele chegou. Tão bom ouvir aquela voz, sabendo que ele estava aqui e nos veríamos logo. Dei o número do meu celular. 6 dias se passaram e nada dele ligar. Eu estava à 1000 por hora: "Filho de uma mãe, me iludiu. Não vai mais me ligar! Como eu pude acreditar?" Quando, no 7º dia, eu recebo uma ligação de Júlia (amiga minha), falando que conheceu Júlio (de quem eu tanto falava) naquela hora, que ele disse estar apaixonado e que queria muito falar comigo, só que tinha perdido o meu número. Não acreditei, claro! Que desculpa! Fui bem durona no telefone, mas marcamos de nos encontrar no outro dia.
O encontro foi no Country (clube daqui do Recife). Eu estava irradiando de felicidade. O melhor abraço do mundo. Conversamos quase 1h e nos beijamos. Queria aquele dia eterno!
O dia seguinte seria o aniversário do irmão dele. Iríamos nos ver de novo. Era dia 22 de dezembro de 2006: começamos a namorar. Ele desistiu de voltar à Israel.
Ele era diferente, sabe?! Diferente de tudo que eu já vivi, em vários aspectos. Ele era estranho, engraçado, atacado, com uns hábitos surreais. Era judeu, velho. Por mais que eu tivesse amigos judeus, namorar um é BEM diferente. Mas eu adorava! Gostava muito de conhecer a religião e participar das festas. Achava hilário vê-lo falando ou escrevendo hebraico. Enfim, muito fora do meu normal, mas me fascinava!
Meus pais... Ah, meus pais gostaram dele. A primeira impressão foi de uma pessoa hiperativa, bem tagarela e espontânea. É, só a primeira.
Eu fui uma apaixonada! Estava ali pra ele e por ele. Fazia de um tudo pra vê-lo. Desmarcava tudo e iria encontrá-lo. Enfrentei meus pais, meus amigos e todos que me julgavam "entregue demais".
Sim, eu estava entregue demais. Só não percebia. Estava cega! Até julho de 2007, meu namoro era um mar de amores.
Até que chega julho-2007, ele me dá a notícia que vai à um seminário judaico em São Paulo e que esse teria duração de 15 dias. Como eu sentiria falta, mas não pude ir de encontro.
Já no fim do seminário, ele me dá mais uma notícia de que passaria mais 6 meses em São Paulo, num projeto também judaico. Sofri, mas nem cogitei acabar o namoro. Júlio voltaria à Recife ainda. Achando eu que seriam, ao menos, 2 semanas... Ele passaria 5 dias aqui (intrigantes, com algumas desconfianças passageiras) e voltaria à SP. Iriam ele e mais um amigo meu, o Portuga. Levei os dois ao aeroporto. Aquelas últimas horas foram "angustiantes". A despedida final foi horrível. Chorei como louca. Ele não chorou. Apesar de se mostrar sentido por partir, parecia querer ir embora logo. Que saudade!

Não sabia eu, que ali, naquele momento, começaria o maior estresse (estou sendo bem sutil) da minha vida.

Quer saber mais? Continua amanhã!
Tenham uma boa noite!

Balada do amor in(abalável) - Capítulo 1

Aos 11 anos saí com as minhas amigas, sozinhas, sem as mães.
Fomos ao shopping! Aquela ceninha mesmo: amigas de mãos dadas, andando pra lá e pra cá, adorando aquela situação de início de independência.

Aos 12, fui à minha primeira balada (matinê, óbvio). Também nessa idade, precoce ou não, pude ter o meu primeiro beijo e namorado. O príncipe, que nada da realeza tinha! Tudo que eu sonhava, estava, pelo contrário, nele. Mas eu era louca por ele! Meus pais não gostaram da idéia desse meu namoro aos 12 anos, muito menos do dito cujo, já que ele tinha 18 anos e não se portava tão bem. Ficamos juntos por 03 meses.

Aos 13, meu segundo namorado. Um doce de pessoa! Me trazia flores, bombons, cartinhas e mais cartinhas. Uma paixão incondicional. Pensar que o namoro começou com uma leseira infantil no velho mIRC. Esse também tinha 18 anos. Tinha carro. O fato dele ser motorizado deixou a minha mãe BEM alerta. Tanto que, quando o conheceu, já impôs todas as regras da casa. O menino, coitado, se assustou. Não deu 1 mês e ele correu fora. Me mandou um e-mail enorme, pedindo mil desculpas, mas que não dava pra continuar com a mãe que eu tinha. Meu amorzinho, você estava namorando comigo e não com a sogra. Mas tá. "Filha, não se importe! Ele não gostava de você." Ah, mas ele vai se arrepender, tenho certeza. Dito e feito. Eu sou "orgulhosa" e não volto!

Aos 13/14, virada na balada, encontrei uma pessoa bem especial. Um lindo! Nos falamos por um bocado de tempo, idealizamos mil planos. Só que ele começou a namorar, eu também. Passou-se um mês e pouco, acabamos (eu e ele, cada um com os seus respectivos namorados). Planos outra vez e quando eu estava no auge da paixão, ele me deixa na mão e volta o namoro. Filho da mãe!

Aos 15/16, tive um namoro que eu achei que daria certo. Ele era tão romântico, ao ponto de me sufocar. Tímido, que nem se fala. Sabe o meu oposto? Era ele. Tadinho, fazia de tudo pra me agradar. Eu não agüentava mais ouvir a buzina da moto aqui na frente da minha casa. Já sabia que era o motoboy vindo entregar flores ou algo do gênero. Pense! Eu poderia, descaradamente, errar, que ele assumia pra evitar briga. Isso me irritava profundamente! Eu não sabia o que fazer com aquela pessoa insegura até o talo, morrendo de amores, que nem sequer sabia expressar tamanho ciúme. Pena não dá, né? Acabei. Pense num dia ruim esse. Morri de chorar, o vendo desabafar todas as angústias absorvidas durante o namoro. Ele morria de medo de me criticar ou culpar. Por isso, guardava tudo pra ele. No fim, jogou tudo, sem pena. Horrível!

Antes desse último namoro, eu havia conhecido uma pessoa ótima. Até então, meu amigo forever and ever. Num dia só, ele pôde saber mil coisas da minha vida e eu da dele. Me incentivou um beijo num outro garoto e tudo. Nascia ali uma liiiinda amizade... ¬¬ Explicar-lhes-ei, desde o início, com detalhes, usando Júlio como pseudônimo.

Essas cenas ficam para o próximo capítulo...
Tenham uma boa noite e até amanhã!

2 de set. de 2008

A gente encontra de tudo

Política é algo que me tira do sério. Por isso, prefiro não discutir.
Mas como aqui eu só vou escrever, sem ninguém pra bater de frente...

Hoje eu fui à um debate. E, gente, eu ADORO debates! Discuto, pergunto, fico nervosa, aplaudo. Enfim, gosto demais.
O de hoje estiveram presentes os candidatos à prefeitura do Recife: João da Costa (PT), Mendonça Filho (PFL), Raul Henry (PMDB) e Edilson Silva (PSol).
Um enfatizou, até demais, a juventude (além de ter a mulher dele o tempo todo ao lado dando palpites, o que não pode). Outro, suponho eu, fuma maconha (só critica e é um "aluado", que até prometeu acabar de vez com essa corrupção atual: o todo poderoso). Teve um que disse que, durante a sua gestão, transformaria a cidade do Recife numa das 10 melhores cidades do BRASIL! Vejam só que inxirido... Hahaha Cada uma... Teve oportunidades anteriores de fazê-la. E por que não fez? A velha "promessa de político"!

Só pra constar: o Recife só é composto por pobres? Acho que não, hein?

Se eu já tinha o meu voto garantido, agora mais ainda. Ele sim, nos transmitiu propostas concretas e respostas sutis e bem articuladas! Confesso que superou as minhas expectativas!

Ah, eu não voto no partido e sim no candidato.
E aos que se opuserem: queridos, se preocupem em expor ideais e projetos. Querem ganhar expondo só os defeitos dos outros? Isso é desumano. Jogo baixo e sujo de quem não se garante!

Falar alto? Pode inibir alguns, mas à grande maioria não mais.

1 de set. de 2008

E como eu fico?

Estou no meio de um dilema entre duas pessoas essenciais. Eu queria poder fazer mais, queria poder ser neutra. Queria ajudar, desajudando; influenciar no que não flui mais. Às vezes, eu acabo pensando até que estou por destruir o já destruído. O quê?! É. Como se eu tivesse atrapalhando o que já está atrapalhado há anos.

O que era, sutilmente, complicado por aqui, já não é nada.
A esperança prevalecia. É ruim quando se tem, finalmente, os pés no chão diante de uma coisa que você mantinha inabalável.

A visão dos meus heroes está ficando pra trás.

29 de ago. de 2008

O prato de hoje

Gente!
Nós, Sobremesas queridas, lhes convidam à apreciar o nosso cardápio!
Está, como sempre, divinamente delicioso.

Sentem-se e degustem de todos os sabores.
Vale a pena visitar! Esperamos vocês lá!

28 de ago. de 2008

(In)Consciência


Raissa: E essa foto de gorda aí?
Aline: NÉÉÉ?
Aline: Reflete o meu estado físico atual, amiga!
(Risos)

"Adiposamente" falando, acho que foi o meu inconsciente que me fez colocar essa foto na imagem de exibição do MSN. Tá virando nóia, eu sei... Mas é a realidade.
Isso vai mudar! Estou indo à feira mensal.

27 de ago. de 2008

Viva a paciência!

Eu tive uma criação muito digna. Não sei, inclusive, se faço jus a tal. Mas tenho convicção da plena humildade e perseverança dos meus pais diante de mim e minha irmã.
Nunca choramos na frente de todo mundo por um brinquedo não comprado e sempre entendemos o "não", por mais difícil que fosse.
Uma educação incrível! Perfeição? Lógico que não. São constantes os delizes, tanto quanto as escolhas pelo melhor rumo.
Tudo isso reflete no que sou hoje. E, não sei se é um defeito, mas pessoas interesseiras me deixam tão explosiva. Posso me referir a algumas lojistas, por exemplo, que atendem (com desdenho ou não) de acordo com a aparência socioeconômica. Também posso dar um ênfase maior àquelas pessoas que antes possuíam uma humildade admirável e, agora por ter ao seu lado personalidades (talvez do tipo socialite) com nome, sobrenome e dinheiro excessivo, mudam drasticamente (dupla personalidade, sabe? Falam com você com o maior desprezo, mas se chega o "rei" é o maior amor do mundo). Menciono, de mesmo modo, os que eram pobres, ficaram ricos, o dinheiro lhes subiu à cabeça e vivem de ostentar a riqueza.
Isso é tão baixo. Tão, espiritualmente, pobre. Ainda mais precisamente: uma falta de personalidade insana! A vida é tão mais do que viver exageradamente de aparência, valores materiais e presunção. Infelizmente existem pessoas assim e somos obrigados a conviver com elas.
Pode ter certeza que isso me tira do sério e, mais do que nunca, minha resposta sempre sutil, no mesmo nível, curta e grossa - com ou sem sarcasmo/ironia. E quando o cansaço bate, o melhor é respirar fundo, ignorar e nem colocar lenha, porque quando se empolgam... Haja porcarias, "vangloriações" e futilidades a serem ouvidas.

25 de ago. de 2008

O lado bom da coisa

Que agonia hoje! Alergia, irritação, cansaço...
Não, não é TPM. Meu ciclo acabou ontem. Graças a Deus, por sinal! Foram 8 dias (SIM, oito! Não é o meu normal, apesar de já ter passado 10 dias) . Já não agüentava mais. Muito sangue, muito!
Ô coisinha chata a tal da menstruação. Aquele "sanguinho" saindo de você o tempo todo e a preocupação constante de não vazar. Ah, mas existe o absorvente. E quando o fluxo tá intenso? Noturnos e mais noturnos (de cima à baixo, se é que me entendem). Antes fosse só o sangue escorrendo... Mas não! Vem a nossa amiga cólica. Queridas mulheres, vocês que têm a dádiva de não ter essa dorzinha insuportável: Parabéns, escaparam! É um inferno: a dor incorpora total! Há também aquele, já referido, estresse típico, que nem vale a pena comentar, não é, rapazes?

Nem lembro quem, mas um dia eu estive reclamando de como é ruim ficar menstruada. A pessoa falou: "Mas, Aline, o que seria de nós mulheres sem ela? Já que é a melhor confirmação/alívio do resultado negativo do βHCG. Hum?"

Pensando bem...

23 de ago. de 2008

(Nem) tudo são flores

Estive meio pra baixo esses dias. Deve ser a provinha chegando ou até umas faltas que precisam ser supridas. Coisas minhas mesmo, sabe? Não vêm ao caso (hoje)!
MAAAS, nada que um bom salão não resolva - ou quase resolva. Podem me chamar de fútil (longe de mim, foi só de momento), mas eu me sinto tão poderosa depois de pintar as unhas de vermelho. Ainda mais quando tem uma mulher do meu lado olhando o tempo todo - ela pretendia pintar de vermelho, mas a manicure sugeriu uma cor clara, já que quase não lhe havia unhas.
Sangue frio? Não, não. Quer dizer... Talvez! Mas, ah, peraí... Às vezes acontece! E vocês, mulheres, entendem e não podem me julgar!
E sabem do que mais? Ficamos lindas para nos exibir entre nós, porque se fôssemos depender dos não-observadores homens (salve exceções) estaríamos na... Vocês sabem!

Enfim, estou ótima! Fora uma otária que chegou por aqui: enxaqueca. Só que nem ela vai abalar a minha beleza e o meu momentâneo instinto poderoso! Hahaha

22 de ago. de 2008

Nova embalagem! Mas o conteúdo continua o mesmo.

Olá!

Esse é o meu primeiro post inédito por aqui.
Pra quem não sabe, eu tinha um outro Blog e, insatisfeita com alguns (não) recursos, fiz esse.
Passei tudo para esse, inclusive os comentários.
Não estou gostando muito do meu atual layout: pretendo mudar. Mas isso eu vou fazendo aos poucos. E se alguém puder me ajudar com sugestões... Eu agradeço muito!

Ainda me acostumando com o Blogspot, mas, diante mão, estou adorando!

Espero sempre a presença de todos!
Beijos,

21 de ago. de 2008

Saia do canto

19/08/2008

Eu tenho tanta agonia de lamentações, sabia? Até relevo uma lamentação ou outra. Mas o tempo todo... CANSA!
Poxa, tenta melhorar, vai à luta! Se empenha, muda, reverte. Mas ficar chorando pelos cantos? "Ó céus, minha vida acabou. Ór, ór, não posso mais viver. Vou me matar. VEJAM, estou quase me matando! Não precisa me salvar. Sim, eu mereço isso." AAAAAH, tenha santa paciência! E outra, quem quer se matar, não se expõe ao ridículo. Vai lá e se mata!
É lógico e evidente que todos têm os seus momentos pra baixo, mas parece que alguns viciam nisso. Curtem que sintam pena. Pena? Deus me livre!
Não, não sou insensível. Eu, apenas, acho que quem sofre de depressão ou algo do gênero, não se passa por isso. Já convivi com pessoas que vivenciaram tal doença e elas, simplesmente, se fecham perante o mundo.
Os "lamentadores" querem chamar atenção e sim, precisam de ajuda. Mas é bom tentar se ajudar primeiro, né?! Garanto que se lamentar não seria um bom começo!

Coitadinhos, queridos, me perdoem, mas eu morro de abuso desse tipo de coisa!
Ah, só pra constar, se você é um desses, longe de mim ou, ao menos, finja não ser assim.

Três em um

16/08/2008

Às vezes - sutilmente falando, já que é quase constante - dá uma vontade de chorar, de desistir.
Vai chegando o dia e eu fico mais tensa.
Tem horas que cansa: você acha que não vai mais agüentar.
Ô ano chato, viu?! Louca pra que ele acabe, estou!
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Que mundo é esse? Alguém pode me explicar? Como existem pessoas tão más?
Minha nossa... Quanta hostilidade!
A cada dia que se passa eu fico mais impressionada. Eu vivi num lugar durante mais de uma década e não sabia que poderia chegar a esse ponto.
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Me pergunto também o porquê dessa falta de romantismo hoje em dia, sabe? As pessoas estão esquecendo disso. Não sei o que acontece. Como se o carnal fosse unicamente necessário. Viver um romance é tão nobre, tão... Lindo mesmo! É bom sentir o fluir dos batimentos cardíacos. E, atualmente, não se percebe tanta disposição a tal.
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Ui, pronto! Obrigada a todos que dispuseram um pouquinho do tempo pra me "ouvir". Beijos!

Elétrica e orgânica

16/08/2008

Energia que vive
Incendeia, aquece
Alerta, dispõe
Move, acorda, almeja
Vicia, transpira, cai

Estressa
Alimenta, vivencia
Acomoda, sedentariza
Articula
Rende, consome

Acaba...

Gracinha... ¬¬

14/08/2008

Soube hoje - por Raquel Matos, professora de geografia - que três ONGs (Organização Não Governamental) americanas escreveram uma matéria falando da alta exploração de petróleo na Amazônia. Comentaram que, além de prejudicar as próprias flora e fauna, estava interferindo, de forma negativa, na vida indígena. Até aí tudo bem.
O engraçado é que, as empresas exploradoras, são norte-americanas!

Tem gente que se passa por cada uma... E o pior: assim, de graça!

Olho, gosto muito e posto

14/08/2008

"Resultado final só quando eu acabar, e assim mesmo vou deixar testamento, mas não sei se vão me respeitar. Na verdade, eu não afirmo nada em relação a ninguém: só dou o tiro, quem mata é Deus."
Elis Regina

Delícia de frapé!

11/08/2008

Hoje, eu e minha irmã, resolvemos fazer, pela primeira vez, um Frapé.
E não é que ficou bom?! Eu e meu pai adoramos. Ela odiou! Sabe como é... Não tem o nosso paladar "singelamente" aguçado. Hahaha

Ah, frapé é tipo um milk shake de café/capuccino! Pra quem gosta de café... Eu adoro!

Em tempo: FELIZ DIA DOS PAIS, pai e demais "papais"!

Um é bom. Dois é melhor ainda!

06/08/2008

Li uma vez, não me recordo onde, que a pluralidade é a lei da Terra.
Concordei duplamente!
O que um indivíduo pode fazer sozinho, todos o façamos juntos e teremos um resultado mais completo e digno de aplausos.
Isso compete às ações mais simplórias às mais grandiosas.

O homem não consegue viver muito tempo sozinho. Sempre precisa de pessoas ao seu lado, mesmo naqueles momentos depressivos - alguma hora precisará conversar com alguém, viver em sociedade.
Eu sou um exemplo meio que encoberto disso - os que me conhecem sabem o porquê. Odeio estar sozinha. Adiro e apoio a lei desde sempre! Claro, tenho meus momentos (raríssimos, mas tenho) de querer me refugiar ou, até, um pouco de individualismo. Mas, no geral, prefiro uma boa companhia.
Uma, duas, três... Dez pessoas: não importa! Não me deixando sozinha, já me satisfaz.

Dura e pura realidade

09/08/2008

Há um tempo que meus pais ajudam uma favela daqui de Recife.
Eles viviam me chamando para olhar, solidamente, aquela realidade tão próxima. Fomos, eu e minha irmã.
Ficamos abismadas ao ver aquilo tudo. Como vivem ali, naquelas condições? Por que ainda reclamamos da vida? Com que direito?!
Porém, a inteligência daquele povo nos surpreendeu muito. Só precisam de uma única oportunidade.
Aquela arquitetura... Pisamos em aglomerados de tábuas, em que embaixo era rio. Poderia até balançar um pouco, mas não quebra de maneira alguma. Vimos dúplex e até tríplex!
Aquelas pessoas, que foram super educadas e acolhedoras - antes apreensiva, me deixaram bem à vontade, sem medo - "confortam", em média, seis pessoas (chegamos a ver até onze) num barraco mínimo de madeira e papelão.
Não adianta descrever ou, até mesmo, mostrar-lhes fotos/vídeos. É como Felipe, meu primo - que chocado ficou ao presenciar também - expressou: "É preciso estar aqui, sentir o cheiro."

Depois de vivenciar tal experiência você, no mínimo, passa a dar mais valor ao que possui.

Sonhando alto

02/08/2008

Eu sempre duvidei das traduções dos sonhos, mas gosto de ouvi-las. Não sei exatamente o motivo, mas sou muito curiosa pra saber tais significados e tento encontrar relações com a minha vida (o que eu quero pra o futuro dela ou o que está acontecendo no momento), por mais que não veja nexo algum.
Essa noite que se passou, sonhei que estava voando. Não é a primeira vez, mas não é algo assíduo. Meu pai (estamos, eu e minha irmã, nesse momento, brigadas com ele.) diz que, quando criança, sonhava constantemente que voava pela cidade.
Eu, como "ótima" translator of dreams (isso existe? Se não, acabei de inventar!), tentei traduzi-lo. Minhas conclusões não superaram minhas próprias expectativas, mas...
Bom, deduzi que, se sonhei que estava voando, pode ser uma alusão ao sonho real. Vou me explicar melhor: aquele sonho real, em que nós pretendemos algo para o nosso futuro, algo que desejamos muito, sabe? Ex: "Sonho ir, algum dia, à Dubai!" Enfim, poderei estar voando alto demais nos meus sonhos reais. Ou até, pelo contrário (ouvi dizer que se você sonha com a morte, significa luz, vida.), eu posso estar tendo sonhos reais medíocres.
Compliquei demais... Eu tento, mas, de fato, não sou boa nisso! Alguém se propõe a me ajuda? Podem tomar a liberdade, como eu tomei, e se auto-nomearem translator of dreams.

Olhei, gostei e postei

02/08/2008

"Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca, te chama de nomes que eu não escreveria, não te vira com delicadeza, não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar, sem querer apresentar pra mãe, sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral, te amolece o gingado, te molha o instinto. Dar porque a vida é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro. Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos. Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar, é não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro, é não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. é não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?", é não ter companhia garantida para viajar, é não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia. Dar é não querer dormir encaixadinho, é não ter alguém para ouvir seus dengos, mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar. Experimente ser amado."

Luís Fernando Veríssimo

Indisposição

30/07/2008

Além da tensão, estou bem ansiosa. Isso me dá fome, o que não é tão bom.
Gosto muito de comer e sou feliz assim! Mas, a partir do momento que isso reflete em alguns quilinhos a mais, a coisa muda de aspecto.
Atrelados a isso, vêm o tédio (que, por um lado, grande parte da culpa são as férias), a preguiça e O prato de hoje - eu adoro escrever lá, mas aumenta demais a minha fome! Falando do Prato de Hoje, podem continuar visitando: está sempre com novos deliciosos pratos!

PRECISO da minha disposição de volta! Vou ver se, ao voltarem as aulas, ela volta junto.

SURPRESA! (?)

30/07/2008

ADORO surpresas! Evidente que das boas. As ruins, em contrapartida, nos deixam pensativa(o), preocupada(o) e a mim, mais precisamente, tensa.
Hoje, o bom e o ruim variaram muito em um, quase mínimo, espaço de tempo.
Que as boas permaneçam e as ruins se evaporem rápido!

P.S.: Meu coração estava tão leve e, ao mesmo tempo, tão preciso.

Olhei, gostei e postei

29/07/2008

"Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas."
Luis Fernando Veríssimo

Tatuagem / Esse Cara

28/07/2008

Esse vídeo foi indicado por um amigo queridíssimo. O mesmo, inclusive, que escreveu o post do dia 29 de junho de 2008.
Me identifiquei demais e queria compartilhá-lo!

Peço bis!

26/07/2008

Uma noite, digamos que, ótima!
Aconteceu ontem, das 23h às 5h, na Blue Angel, a formatura dos bacharéis - incluindo meu primo Felipe - de Direito da UFPE.
Um lugar, várias horas, muitas pessoas... Fizeram o meu dia bem feliz e marcante!

A minha família estava irradiante, os formandos incríveis. E, Felipe, principalmente, estava hilário (pudera, não é mesmo?).
O local lindo. Comidas, bebidas... Ah, uma pessoa importante: o garçon querido, que esteve sempre presente e não parou de me agradar! Hahahaha
Enfim, ADOREI tudo, de verdade!

Essa semana de idas ao shopping valeram a pena, SIM! Triplicaria essas idas, SIM! Superou os pés doídos!

Nova participação

24/07/2008

Estou participando, com o pseudônimo Brownie, de outro blog: O prato de hoje! É bem bacana. São 3 pessoas, junto à mim. Metaforizamos comidas aos mais variados assuntos. Vale a pena visitar! Ah, não vou deixar esse meu blog não. Ele continua ativo!

Prejuízo

22/07/2008

Três mulheres em casa não é tão barato.
Ou melhor, é caríssimo!
Além do próprio dinheiro, carece de muita disposição.

Estou - ou melhor, estamos: eu, minha irmã e minha mãe - morta de cansada, além de ainda estar me recuperando dessa gripe.
Não agüento mais ir ao shopping olhar vestidos, bolsas, sandálias, brincos...
Em verdade vos digo: eu ADORO fazer compras! Mas tem hora que cansa. Principalmente quando você está a procura de algo ideal e não o encontra.
Ou ainda quando você o encontra e acha um defeito. É frustrante! Até comentei com a minha mãe que preferia ser menos analítica e perfeccionista. "Menina, tu observa tudo!" E, por mais que eu ame e o defeito seja mínimo, não consigo levar.
Como diria meu pai: É BROONCA!

Esses dias (desde quinta) estão sendo assim. Minhas férias estão bem cansativas e doentes. Queria uma última semana bem bacana! Só pra rimar. ¬¬

Gentileza

20/07/2008

A vida nos prega cada peça...

Como diria Marisa Monte:
"O mundo é uma escola
A vida é um circo
Amor palavra que liberta
Já dizia um profeta"

Influenza

18/07/2008

Estive meio ausente, pois estou com gripe.
E hoje também nem vou poder escrever muito, pois os olhos ardem.

Minha vida, atualmente, está restrita à Celestamine, Seki e muito Salsep. Além da tosse infeliz que anda me perseguindo.
Espero que essas restrições me ajudem!

Sabe uma pessoa que odeia ficar doente? Eu!
Alguém pode estar pensando: "Óbvio! Ninguém gosta!"
Quando eu era pequena, gostava, por ficar em casa e não ir ao colégio. E conheço uma pessoa que gosta, pelo simples fato de curtir o alívio que provém do passar da doença. Eu mereço?! ¬¬

Bem, prometo voltar aqui assim que estiver sarada (no sentido de curada, claro).

P.S.: Eu tomava um comprimido de vitamina C diariamente, já que minha imunidade é baixa e eu tenho A tendência a ter amigdalite. Mas parei, porque o professor de biologia disse que não adiantava de nada. Ele falou que a prevenção da gripe é realizada pelo próprio organismo ou algo do gênero. Enfim, eu estava tomando sem retorno algum. Cessei! E o que me acontece? GRIPE! O que eu faço com esse professor...? Hum?!

Fome de presença

16/07/2008

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas, às vezes, a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro, para uma unificação inteira, é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
Clarice Lispector

Hoje é só o que eu sinto: uma saudade imensa!

O dia de ontem

15/07/2008

Ontem à tarde, vieram nos visitar Cris e Letícia.
Cris é uma amiga nossa (da família) e mãe de Letícia: um amor de pessoa! Se parece muito com a gente. Tanto que minha mãe brinca sempre: "Você, na encarnação passada, era eu!"
Letícia tem três anos e meio. Uma linda! Amo crianças, mas Lelê supera expectativas.

A tarde foi ótima! Eu, minha mãe, Cris e Lelê levamos Juliana (minha irmã) na casa de uma amiga. Passamos na locadora para deixar uns filmes. Pegamos Coutinho (marido de Cris e pai de Letícia) e seguimos para o Paço Alfândega. Comemos! Minha sandália quebrou (péssimo!): tive que comprar uma outra lá!
Fomos à Livraria Cultura. A melhor parte! Adoro aquele lugar! Li uns 10 livrinhos pra Letícia e comprei um pra mim (1808).
Saímos de lá e fomos na farmácia. De lá, fomos para casa.
Chegando aqui, recebemos outra visita: minha tia, irmã da minha mãe. Conversamos, conversamos e ela foi embora.
Quando pensamos que iríamos dormir... Uns pirralhos começaram a gritar na frente da nossa casa. Eram 23h30. Minha mãe pediu para que eles parassem, mas não adiantou. Falou com a mãe de um deles. Um estresse só! Detalhe: esse incômodo não é de agora. Pura irresponsabilidade desses pais deixarem seus filhos sozinhos, a essa hora, no meio da rua. Um absurdo!

A parte boa supera as ruins, com toda certeza!
Enfim, foi um dia bem conturbado. Ou diria melhor: repleto de antíteses!

Hable con ella

14/07/2008

Já viram o filme Fale com ela? É um filme espanhol de arte. Vejam! Vale muito a pena.
Vi, mais uma vez, um dia desses e lembrei de uma resenha crítica que fiz no 2º ano do Ensino Médio.

Tá aí:

Percebi que, ao assistir um filme de Pedro Almodóvar, um dos maiores prazeres que se tem é a surpresa do inesperado. Fale com Ela, é o nome. Nada parecido com os filmes típicos de Hollywood. É, de fato, algo bem distinto, uma obra (sim, obra) que se destaca. O filme é iniciado com um espetáculo de balé. Na platéia, dois homens, que não se conhecem, estão sentados lado a lado. Um deles chora; o outro olha admirado para o choro do primeiro. O homem que chora é o jornalista Marco. E o que se admira é Benigno, um dedicado enfermeiro. Cada um deles, de maneira totalmente diferente, se relaciona com uma mulher. Marco está envolvido com Lydia, uma toureira profissional que luta para conquistar seu espaço num universo machista. E Benigno sustenta uma estranha (a meu ver) relação de paixão por Alicia, uma bailarina em coma.
É a partir dos quatro personagens citados, que Almodóvar começa a construir os relacionamentos inesperados. Há muito de tudo nesta maravilhosa obra: dedicação, loucura, amizade, obsessão, perdão, humor, amor. Os detalhes são revelados aos poucos. Marco, Benigno, Lydia, Alicia e outros mais que surgirem são tratados com profundidade e delicadeza, cada um com suas características fortes e marcantes. É investido em cada detalhe de cada figura dramática. Não há bem certo, uma preocupação em fechar cada contexto, cada situação; deixando várias circunstâncias em aberto, sem algum esclarecimento concreto. E como na vida, nem tudo fica explicado, é ótimo que seja assim. Também em oposição a Hollywood, o roteiro do Fale com Ela é tão rico que deixa lacunas que poderão ser preenchidas (talvez) num próximo filme – boa idéia, hein? –, ou pela imaginação dos espectadores.
A fotografia, a música, os atores, os cenários. Tudo isso faz de Fale com Ela não apenas mais um filme do famoso e tão comentado/criticado Almodóvar, mas sim mais um grande e surpreendente – que acontece a cada novo filme e seria, talvez, uma não-surpresa pelo seu talento natural – filme-de-Almodóvar.

Me entende?

11/07/2008

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

Clarice Lispector

Olho (sempre), gosto e posto

11/07/2008

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

Clarice Lispector

Olhei, gostei e postei

10/07/2008

"Maior que a culpa por trair o parceiro é a culpa por trair seu próprio desejo."
Contardo Calligaris

Citação extraída do Blog de Aline Ahmad (Amante da escrita. Ela faz jus ao posto! Confiram!).

Casamento da raposa

10/07/2008

Acabei de ver um arco-íris!
Vi um ontem pela manhã e outro agora. Fazia tempo que eu não via... E dois assim, seguidos? Adoro!
O primeiro, meu pai me mostrou! Dois bestas olhando. Um encanto de olhar desse progenitor!
É lindo.
O segundo, de hoje, vi a pouco tempo. À mim, transmite uma paz. Aquelas cores bem suaves... Uma calmaria. Além do bem que faz: afasta aquele calor infernal recifense, já que ele aparece quando tá um solzão e começa a chover. Eu gosto desse clima, que junto ao arco-íris dá um efeito ímpar!
Sempre via quando pequena, na minha antiga casa. Minha mãe dizia: "Chuva e sol: casamento da raposa!" E aí vinha aquele arco-íris. "Olha, filha! O arco-íris!" Analisava e sempre comentava das 7 cores (violeta, anil, vermelho, amarelo, laranja, verde e azul).
Essas coisinhas simplórias da vida me fascinam. Não sei o porque. E acho que vários não imaginam que eu me impressione tanto com esse tipo de coisa. Na verdade, muitos não me conhecem ao certo.

E o salário, ó...

07/07/2008

Estava eu, sábado à tarde, vendo o Caldeirão do Huck, quando começa o quadro Cantando o Sete. Luciano Huck informa que a cantora seria uma jornalista nascida em Santa Bárbara (MG), mas vivendo em Belo Horizonte (MG). Ela tem 27 anos e seu nome é Paula (Paulinha, como foi apresentada).
Huck, durante o quadro, pergunta-lhe quanto ganha, mensalmente, como jornalista (assessora de imprensa, mais precisamente) lá em BH. E, pasmem ou não: 800 à 1000 reais suados!

Eu? Comecei a rir de nervosa...
Um salário totalmente medíocre, perante a dedicação e o esforço!
Já soletrei mais de mil vezes O-I-T-O-C-E-N-T-O-S R-E-A-I-S!
Vez ou outra, minha mente descansa desse pensamento infeliz.

Aos que possuem

08/07/2008

No lápis, no ato
É com ele que eu vou
Escrevendo sem sair do...
Ato que gosto um tanto
De um tato, me agrado
Até aquele passo que vejo e
percebo
Lá no canto, adoro;
Adoro o passo no ato do tato
Uma loucura passada
Do passado estranho alegre
Partindo do ato do comentário "infanto-infeliz"
Seguindo ao fundo
Um fundo bem fundamentado
Para aqueles que têm tato.

Coragem

05/07/2008



Acho que coragem é um dom. Uma dádiva que poucos possuem, de fato. Eu, por exemplo, não possuo. A insegurança bate na minha porta em vários momentos. Talvez, pelo meu poder de persuasão, alguns pensem que sou forte. Mas não... Acho que, por mais que tentemos nos mostrar decididos, há sempre aquele momento de entrega. Como um carro (não automático), em que, num determinado instante, precisa ser trocado de marcha. É difícil ter convicção de tudo nas horas certas. Falta coragem. Tal ela, que está totalmente conectada à perseverança. Insistir! E, quanto mais crescemos, mais nos são necessárias. Decisões e mais decisões surgem. E, por comodismo, porventura, a preferência é - algumas vezes - deixar como estar.
É muito fácil fazer algo simples, que não te exige tanta burocracia. Mas te custa tomar uma decisão importante, que pode vir acoplado à uma faca de dois gumes.

Ser

05/07/2008

"O que sou nesse instante? Sou uma máquina de escrever fazendo ecoar as teclas secas na úmida e escura madrugada. Há muito já não sou gente. Quiseram que eu fosse um objeto. Sou um objeto. Objeto sujo de sangue. Sou um objeto que cria outros objetos e a máquina cria a nós todos. Ela exige. O mecanicismo exige e exige a minha vida. Mas eu não obedeço totalmente: se tenho que ser um objeto, que seja um objeto que grita. Há uma coisa dentro de mim que dói. Ah, como dói e como grita pedindo socorro. Mas faltam lágrimas na máquina que sou. Sou um objeto sem destino. Sou um objeto nas mãos de quem? Tal é o meu destino humano. O que me salva é o grito. Sou um objeto urgente."

Clarice Lispector

Paixões

04/07/2008

Àqueles que me acrescentam, que me fazem bem e que eu tenho prazer de fazer-lhes felizes. Àqueles que eu amo, que adoro e que me fizeram ser o que sou atualmente: são indispensáveis! Minha vida gira em torno dessas admiráveis pessoas. É, de fato, um ciclo vicioso! Eu preciso constantemente. E, como é de praxe, eu não conseguiria viver sem!

Aos que repudio: não curto repudiar, vocês que me forçam. E, pelo que todos sabem, a gente não faz só o que gosta.
Àqueles tem menos afeição à mim: muito obrigada! Passei a pensar que, essas pessoas que não me convém (que me entorpecem), me ajudam. Me completam. Me fazem perceber os meus defeitos mais imperceptíveis.
Àqueles que falam (mal) de mim, só pelo prazer de denegrir uma imagem: sei que nunca irão parar, mas alguns se cansarão. Eu não perco tempo me martelando com esse tipo de coisa. Quer falar? FALE! Adoro expor a minha vida... E quem for contra, F...-..!

Dilema

03/07/2008

Posso decepcionar alguns pelo mistério feito.
Mas prometi e vou contar.

Bem, preciso decidir o meu futuro. As inscrições para o vestibular estão aí e eu ainda não resolvi, por completo, o que quero para o resto da minha vida.

Jornalismo X Direito

Sei o que quero, mas preciso unir o útil ao agradável. Sei também que todos irão me aconselhar a fazer o que gosto e blá, blá, blá... Mas eu ainda tenho minhas dúvidas.

Direito sempre foi o meu "sonho". Há bastante tempo pensava em ser promotora ou prestar algum concurso público, tendo uma boa remuneração. É isso: boa remuneração! Ela que me deixa com essa incerteza, já que no campo jornalístico você precisa batalhar muito para ter um bom salário. Além do fato de eu morar em Recife-PE, onde o mercado de trabalho para jornalistas não é tão vasto.

Mas aí é que tá: a partir do instante que conheci o jornalismo, me encantei e deixei um pouco de lado aquele velho sonho. Fiquei apaixonada pelas cadeiras e estou super ansiosa para conhecê-las. Além disso, acho que vou adorar esse cotidiano (sem hora pra sair do trabalho), estar diariamente informada sobre o mundo e escrever, escrever, escrever...

Mas nem tudo são flores... Tanto pode dar tudo certo, como pode dar tudo errado. E agora?

Sei o que quero, o que gosto e o que me dá prazer. Mas e o dinheiro? Confesso que sou consumista. Não fútil!

P.S.: Ia esquecendo de falar: Eu tinha descartado a possibilidade de me inscrever na UPE, já que no campus de Recife só tem cursos da área de exatas e saúde. Essa semana, meus pais me deram a idéia (brilhante ou não) de colocar Letras (no campus de Nazaré da Mata - PE), que me ajudaria em Jornalismo e eu já estaria dentro da faculdade - se eu não passar na UFPE. Mas eu morro de medo de me empolgar e virar professora, o que eu NÃO QUERO! E Nazaré é longe (minha mãe diz que é o de menos). Outra coisa pra resolver... ¬¬

Ô, vida...

02/07/2008

Não sei você, mas essa chuva me faz refletir demasiadamente...
(Recife está bem chuvosa: fazendo um friozinho bem agradável.)
Um tanto de cansaço e monotonia, atrelados à uma carência; resultando numa reflexão plausível.
Penso sempre; penso em todos os momentos: aqueles que se passaram, os atuais e os que ainda irão acontecer.
Do passado, trago comigo uma carga enorme. Eu poderia ter feito tudo diferente e por que não fiz? Eu poderia estar em outras e por que não estou? Como eu pude ter feito escolhas tão equivocadas? Qualquer incógnita pode responder à todas essas indagações. Às vezes, uma boa memória atrapalha.
Nesse meu presente, tudo gira em torno dos estudos, resolução de problemas antigos e decisões. Benditas decisões que me atormentam e ditam o meu futuro. Por conseguinte, estou eu aqui num infindável - antigo, porém, espero eu, que acabe logo - dilema. Dilema esse que me compromete demais e está me tirando o sério (e o sono).
Contar-lhes-ei o meu dilema amanhã.
Boa noite!

"Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem seperação
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá, eu só sei que ela está com a razão
(...)
Ninguém nunca sabe nem sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não"

(Vinícius de Moraes/Toquinho)

P.S.: Confesso que detesto ouvir lamentações! Mas esse é o meu cano de escape. Além disso, nem tá TÃÃÃO assim...

Destino irônico

01/07/2008

Estava eu aqui, olhando meus arquivos úteis e inúteis... Quando acho uma crônica, cujo tema é carnaval, que foi feita por mim no meu 1º ano do Ensino Médio (2005). Achei muito engraçado o quanto a vida é linearmente sarcástica.
Resolvi expor:

E o destino falhou

Quando se inicia a folia, as cidades irmãs param em prol da alegria! Desde o Homem da Meia-Noite ao Bacalhau do Batata, Olinda não se cansa de frevar. Suas ladeiras repletas de foliões, que, de onde quer que sejam, não querem deixar a cidade alta.
As irmãs se embelezam como nunca, tudo maravilhoso. Está aí: o melhor carnaval do mundo! É de se emocionar. Há de tudo: desde o amor, até a tragédia – que não vem ao caso.
Exponho tudo isso, não só porque é o melhor carnaval, mas porque ele me chama a atenção e me faz recordar acontecimentos inesquecíveis.
Um desses fatos se deu em Olinda, no sábado de Zé Pereira; eu achava que havia encontrado o amor da minha vida. Exatamente na rua do Amparo, na frente de uma casa, que não me recordo o número. Lá estava ele, vestido de marinheiro, todo de branco, meio tímido, desviava o olhar. Era inusitado!
Imaginei que algo nos aconteceria se fizesse parte do nosso destino e, é claro, passei algumas horas pensando nisso. Pois bem, deixei o meu amor no Amparo e fui em direção aos Quatro Cantos. Eu imaginava que o destino me ajudaria, colocando-nos em alguma situação que me favorecesse.
Passaram-se horas e o sonhado marinheiro não aparecia. Então, na frente da prefeitura, o encontrei outra vez. Meu corpo inteiro pôs-se a tremer, estava aflita demais. Tive medo do que poderia nos acontecer – sem saber o motivo dessa angústia. Mas ele não me percebeu, passou direto.
Todavia, eu ainda tinha esperanças, o destino não iria me abandonar num momento desses. Fui frevando pela cidade, aproveitando o esplendoroso carnaval, quando o encontrei outra vez e, mais uma vez, ele não me viu.
Fracassada; era assim que eu me sentia. Por incrível que pareça, fiquei triste por um indivíduo, com o qual nunca tinha conversado.
Voltei ao Amparo. Triste, me sentei no meio-fio. Uma voz soou:
- É carnaval, linda!
- É, eu sei. – ainda sem erguer a minha cabeça.
- Então, qual o motivo para a tristeza? – a voz tentava me ajudar.
- O destino está contra mim!
Fui erguendo a cabeça para saber quem me dirigia palavras tão prestativas. Quando vi a roupa branca, listrada de azul, meu coração quase sai pela boca, mas só chegou até a garganta: era um amigo meu. Confirmadíssimo: “O destino está contra mim!”.
Nesse momento, resolvi que iria partir. Voltar ao meu lar e à realidade. Nada mais de fantasia, nada mais de serpentinas; só a vidinha medíocre de sempre, sem o meu marinheiro.
Fui andando até o carro, no meio da multidão e... Adivinha com quem me encontrei? Exatamente, o homem, o marinheiro, o inusitado. Ele olhou para mim e:
- Achava que não iria lhe encontrar mais!
Por incrível que pareça, não consegui pronunciar nenhuma palavra. Eu estava deixando a cidade alta, meus pais estavam logo à frente. Como não tinha mais tempo, perdi o meu amor de carnaval, perdi meu marinheiro.
Ah, carnaval, por que passas tão ligeiro e deixas tantos vestígios?


Nome: Aline Alves
Série: 1º ano C

Empréstimo

29/06/2008

Um amigo (muito) querido me pediu o Blog emprestado para uma breve exposição de sentimentos.
Queria poder dizer aqui o nome dele (para fazer jus ao ótimo texto), mas pediu-me sigilo.

Aí está:

Sobre Relacionamentos

“São os ovos. Vendo um filme de Woody Allen – Noivo neurótico, Noiva nervosa - me coloquei a refletir sobre relacionamentos amorosos.
Sempre estive distante deles, possuo certo medo de enfrentá-los, e cá pra nós, trata-se de um embate perigoso; Sentimentos, recordações, segredos, confiança, amizade estão envolvidos. Há uma entrega de ambos, uma cumplicidade ímpar, necessidade de estar juntos. Porém, quando menos se espera, tudo acaba quase de uma só vez, geralmente, de maneira desagradável. Dói. Dói m-u-i-t-o. Evitando essa dor, estive afastado de tais experiências.
Engraçado, aquele que sempre vê de longe relacionamentos – meu caso, sempre acha o casal, louco. Num dia os dois se odeiam, no outro, se amam. A mulher espanta-se quando o homem não demonstra ciúmes, porém, se esse demonstrar, estará equivocado. O homem tem de mostrar sempre interesse nos assuntos da parceira, porém, se mostrar muito, pode parecer desconfiança. Há uma inconstância nesse sentimento inexplicável. Mas, por ironia disso tudo, o apaixonado inconstante agora sou eu, e com todas as peripécias me encontro.
Calmo, analítico, racional são qualidades minhas. E nem de longe são características de uma relação: Nessa diferença, nem preciso dizer quais qualidades se ressaltam. Toda a calma do meu ser se vê confundida, atos impensáveis agora são meus atos. Confusão. Quero gritar: eu... EU gritar? Pois bem, quero.
Quero mais. Quero dizer ao mundo que a amo. Quero que ela me ligue todos os dias! Todos os dias? Não, é um exagero. Me pergunto: dentro de uma relação, o que pode ser considerado um exagero? Qual é o medidor para duas pessoas? Respostas frias, analíticas e condizentes são daqueles que nunca amaram. Os que já, ou os que estão, preferirão nem responder. Para eles, o que resta é sentir.
Resumindo, uma piada responde bem a isso tudo;
Um homem foi ao seu analista.
- Meu irmão está doido! Acha que é uma galinha!
- Então, porque você não o interna?
- Porque preciso dos ovos dele.
Relacionamentos são assim, amáveis, afáveis, incompreensíveis, loucos, apaixonantes, intrigantes, calmantes, instigantes, inconseqüentes. Mas necessários, necessários como os ovos. São ovos.”

Cuja espontaneidade transborda em sua face e me faz apreciar, de tal forma que me perco em suas notas!

28/06/2008

Elis Regina Carvalho Costa será hoje o meu tema. Talvez um dos mais especiais!
Gaúcha (Porto Alegre), nasceu no dia 17 de março de 1945 e veio a falecer em São Paulo no dia 19 de janeiro de 1982. Mãe de três filhos (João Marcelo Bôscoli, Pedro Camargo Mariano e Maria Rita). Casou-se duas vezes (primeiro Ronaldo Bôscoli e depois o talentoso César Camargo Mariano).

Elis é, pra mim, uma das descobertas mais felizes da minha vida.
Eram constantes os comentários da minha mãe sobre ela, sobre a fascinação que ela conseguiu proporcionar e a saudade que deixou. A minha curiosidade aumentava. Queria vê-la. Ouvia as músicas e gostava. Mas me falavam que a interpretação dela era uma "coisa de louco"!
Certo dia das mães... Eu e meu pai fomos escolher um presente. Qual dessa vez? Já demos um DVD? Não, seria uma boa. Mas qual...? Já sei: Elis Regina! Ela vai adorar! Compramos!
Dito e feito: ADOROU! Inaugura, mãe!
O-QUE-É-ISSO? Minha nossa! O que essa mulher tem? Um encanto repentino! Assisti ao DVD inteiro impressionada, observando cada detalhe, cada passo e cada nota! Meus sentimentos oscilavam mais que tudo. Ri, chorei... Olha como ela dança. Olha como ela canta. Meu Deus, ela se dá tanto à música! Que voz... Fim.
Fim? Muito pelo contrário! O início de uma longa e eterna paixão. Nunca pensei que poderia me identificar tanto com alguém, como foi com Elis. Mulher/Mãe de personalidade muito forte, daquelas de dar inveja.
“Tenho um profundo respeito por meu filho. Ele é profundamente meigo, alegre, descontraído. Tenho inveja da facilidade que ele tem para resolver seus problemas, a facilidade com que ele enfrenta a vida, com que sobe e desce escada, o que para idade dele, é uma coisa terrível. Eu gostaria de ser como ele. Não quero ser super mãe, pois João Marcelo vai viver num tempo em que não viverei, já estarei gasta. Não vou fundir a mufa do meu filho com coisas que eu sei, são velhas, antigas e apodrecidas. Vou deixar que ele descubra a vida sozinho, dando-lhe apenas noção de suas limitações. Mas numa coisa eu sou meio cadela com cria nova, façam qualquer coisa para mim, mas não levantem a voz contra o meu filho. Se alguém se atrever a botar um grilo na cuca de João, pobrezinho! Vai ver uma Elis leoa. O leão pode ser muito bonito, com juba e tudo, mas fica na floresta tomando conta dos filhotes, e quem sai para brigar é a leoa. Se eu careta sou fogo, imagine eu leoa.” (Elis Regina)

Inteligente demais. Tinha sempre resposta para todas as críticas: não cultivava papas na língua, tornando-se uma cantora polêmica para a época. Quando explodia, ai de quem estivesse por perto, por isso, recebeu o merecido apelido de Pimentinha.
"Por que exigem de mim tanta coisa? Sou boa cantora e ainda tenho de ser educada?" (Elis Regina)


Queria muito ter vivido, ao menos, um show dela.
Não se fazem mais cantores como antigamente (“As minhas posições sobre os novos frutos da música popular não são saudosistas. O que eu acho é que muitos deles refletem uma involução de pelo menos 30 anos.” [Elis Regina]). Realmente...

Ela se entregava como um todo à emoção.
Como falei anteriormente, me encantei com tudo naquele DVD (que, por sinal, foi o seu último especial. Produção da Globo junto à Som Livre. Vale a pena!), mas o que me chamou mais a atenção foi quando ela cantou Atrás da Porta (Chico Buarque). Elis se entregou à música e chorou como uma criança. Descobri, logo depois, que, nesse especial, estava em crise com o atual marido (César Camargo Mariano). Vi outra vez aquela cena e a emoção tomou conta de mim: choro toda vez que vejo, sem excessão!


A dança, as expressões. Tudo era lindo e contagiante.


Essa mulher. Atrás da Porta. Cinema Olympia. Aos nossos filhos. Como nossos pais. Rebento. Alô, Alô marciano. Vida de bailarina. Irene. Ladeira da Preguiça. Redescobrir. Águas de Março. A fia de Chico Brito. Andança. Arrastão. Casa no campo. Chega de saudade. Na batucada da vida. Dois pra lá, dois pra cá. Madalena. Olhos abertos. Vou deitar e rolar. Corcovado. Valsa de Euridice. Tiro ao Álvaro. Retrato em preto e branco.
São tantas as músicas que Elis as fez sucesso. O impressionante é que ela não precisou compor nenhuma música. Sua interpretação superava qualquer letra e todas as expectativas.
"Cantar, para mim, é sacerdócio. O resto é o resto." (Elis Regina)

Poderia ficar horas escrevendo sobre a Pimentinha, mas, infelizmente, preciso concluir.
Portanto, finalizo o post de hoje com uma citação de Ronaldo Bôscoli (primeiro marido de Elis):
"Eu disse: 'Posso mandar minha mulher pegar minha coisas?' Ela: 'Sua mulher, seu filho da puta?' Foi nesse dia que ela jogou meus discos pela janela." (R.B)

Para toda "regra", há uma exceção!

27/06/2008

Hoje eu fiz um pedido (delivery) à uma determinada lanchonete de fast-food.
Troco? Sim. Ok, tudo certo! Seu pedido está a caminho. Ok, obrigada!
Demorou um pouco, mas nada que me levasse à fúria: Estava chovendo e tá difícil entrar aqui no condomínio, já que só tem uma entrada para visitantes.
Até que... Chegou! Levamos (eu e a minha irmã) à mesa, abrimos e... Calma, tem algo a mais aqui. É, tem um kibe. Ã? Tu pediu kibe? Não, lógico que não! Erraram! Poxa, liga pra lá, o motoqueiro pode levar a culpa.
Liguei. Era uma central de atendimento nacional. Me atende uma mulher. Tinha um sotaque paulista:
- Boa noite, senhora. O que deseja?
- Boa noite! É que eu fiz um pedido e veio a mais. Fiquei preocupada, porque seria o pedido de outra pessoa. Além disso, o motoqueiro pode se prejudicar.
- Certo, senhora. E o que foi a mais?
- Um kibe.
- Ã? (quase rindo)
- UM KI-BE!
- Foi um kibe de brinde?
- Não, veio a mais, até porque tinha o número de outro pedido colado à caixinha.
- Senhora, ninguém da sua família gosta de kibe? (Risos)
- Ér... acho que gosta!
- (Risos) Bom, senhora. Ninguém vai voltar pra pegar um kibe, nem vão lhe cobrar por isso, porque foi um erro do motoqueiro e não seu. Nem se preocupe! Pode comer o... (Risos) kibe!
- AH! (Risos) Fiquei preocupada só com o motoqueiro, sei lá.
- Ok, senhora. Obrigada pela honestidade, de qualquer maneira. Boa noi-(Aquela tremidinha como se tivesse rindo)te!

Pois é, acho que não é muito normal que coisas do gênero aconteçam. Geralmente, as pessoas adoram quando recebem algo além do pedido - falo isso, porque já vivi algo parecido! Suponho que seja esse o motivo de tantas risadas da atendente. Muita gente ainda tem a capacidade (pré-histórica) de acreditar que ser desonesto é normal.
E não é (exclusivamente) uma fama brasileira, e sim mundial. Ou melhor: "ser humanal"!

Uma pitada de desconfiança

26/06/2008

"Eu "confio desconfiando", pois quando eu desconfio as minhas chances de sair decepcionado são bem menores seu eu confiasse completamente. Se a minha desconfiança estiver errada, ótimo, pois prova que eu estava errado e terei a grata surpresa de ser surpreendido por coisas boas. Se a minha desconfiança estiver certa, ótimo, pois comprova aquilo que eu sabia e não terei a ingrata surpresa de ser decepcionado.
(...)
Toda expectativa não correspondida gera decepção. Toda confiança quebrada gera decepção. O esperto "desconfiado" poderia argumentar afirmando que isso comprova a tese dele de que nada seja digno de absoluta confiança, pois nada possui tal qualidade. Contudo essa afirmação não passa de uma contradição, pois, se algo é digno de confiança, é porque ele não possuí essa qualidade.
(...)
Talvez os Titãs tenham razão: "É bom desconfiar de ser desconfiado!""


Às vezes, eu acho que isso pode ser bitolação (não achei outro termo)... Mas, de fato, hoje em dia é preciso um pouco (não muita. É bom viver!) de desconfiança.

There's no place like home

26/06/2008

Esses intercâmbios...

É uma mistura de saudade, alívio, felicidade, tristeza.
O aeroporto tem um clima bem variado. Entre choros e sorrisos exuberantes, encontramos de tudo. Tanta gente diferente passa por ali todos os dias. Eu gosto do local e, ao mesmo tempo, acho tão estranho. Tudo te passa uma sensação de idas e vindas. É muito confuso. Principalmente quando você vai muitas vezes. Ali, os sentimentos oscilam toda hora. Um dia chora por ver alguém querido ir embora. No outro, você espera com uma expectativa inexplicável outro alguém!
Engraçado, que, enquanto você está lá, sentada, conversando, esperando a hora do vôo da pessoa, não te cai a fixa. E quando ela está na frente do portão de embarque, quase indo, dá um desespero. Dá uma vontade de sair correndo, de trazê-la de volta. Aí sim, se foi. Boa sorte! Os pais choram, namorados, amigos... Você se toca do que aconteceu, dá uma tristeza, um aperto no coração. Cai em prantos. Por que tem que ser assim? Mas ela volta rápido, eu sei. O tempo passa... Passa tão devagar.
Carro. Caminho imenso de volta pra casa. "O aeroporto é muito longe!" Pensamentos lá. Será que ela vai gostar? Só em pensar que daqui a alguns dias eu vou ter que voltar lá naquela confusão de sentimentos e sentir tudo de novo... Mas passa rápido. Não, eu sei que não passa. Eu sei que vou morrer de saudade.

E tudo outra vez. UM SACO! Conversa. Embarque. Choro. Aflição. "APROVEITA!". Saudade. Carro, caminho chato!

MINHA NOSSA! Como passou rápido. Já passaram cinco meses desde o primeiro. Uma voltou! Adoro essa volta! Mas tá, aeroporto de novo. Plaquinhas e mais plaquinhas. "BEM-VINDA!". E aqueles seguranças? Ah, Henry Castelli todo disfarçado. Ela aparece, dá aquele "tchauzinho". "PAAAAAAAT!" E a demora pra pegar a mala? Ansiedade? Nada, só MUITO! Ela tá vindo! Abraços e mais abraços. Muito bom matar as saudades. AQUELE almoço regional, que toda "comedora-de-arroz-com-água-e-sal" merece: Uma delícia! E aí as histórias... Irlanda, Inglaterra, Escócia, França... "Minha casa, meu quarto." Nada melhor do que voltar pra casa!

A espera da outra... Ida de mais outra. Aeroporto, aeroporto, aeroporto. E a saudade persiste.
Umas vão, voltam. Outras vão, ficam. Difícil conviver com isso.
"Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão." Drummond

Consanguinidade

24/06/2008

Viver em cumplicidade é muito difícil.
Saber tratar, entender, conviver, abdicar... Tanta coisa, tanto detalhe.
Às vezes cansa.
Um exemplo claro, simples e óbvio é a família mais próxima (pai, mãe, irmã/irmão). Essa que tá lá o tempo todo com você, impondo limites, regras, exigindo o máximo. Como também transmitindo sempre aquele cuidado, um amor intenso e uma colaboração singular. Além da disposição eterna e a esperança de que você sempre pode ir além, de sempre acreditar nos seus ideais.
Eu adoro tudo: dos momentos humorísticos até as piores desavenças (daquelas que se passa uma semana sem dirigir-se uma palavra). Não que eu goste de sofrer, mas quando faz a pazes é tudo tão maravilhoso. É como se você tivesse passado alguns dias longe e tivesse sentindo uma falta imensa. Eu gosto de matar saudades. Ou melhor: AMO! Além disso, ainda tem os comentários (hilários) de como ambos se comportaram durante o "não-contato-idiota"!
Não, a minha família não é perfeita. Digo, NADA perfeita. Entramos em conflito o tempo todo. Um sempre é o mais certo. Tem uns mais dramáticos, outros mais calados. Uns interessados, analíticos. "FECHA A POOORTA!" Outros mais desleixados. Alguns amam ler, outros escrever. Uns falam alto, outros baixo. "Passa o suco. (...) POR FAVOR, passa o sss... Finalmente!" Ela sempre apaga as luzes, já a outra sempre deixa as luzes acesas. "Tá pensando que eu sou o dono da CELPE?" Cada um tem o seu lugar na mesa. Eles preferem os salgados, a gente os doces. Uma é mais centrada, a outra mais desafios. "Dá pra falar baixo, que eu quero dormir?" Adoramos Elis, ela odiAVA (tinha que aprender a, no mínimo, escutar sem reclamar). Uma perfeccionista, outra desorganizada.
Ele é o único homem da casa. Diz que não sabe como agüenta três mulheres. Sai mais caro! Reclama tanto, que pior só dois. Concurso de lamentações? Vencedor! Um amor de pessoa. Carinhoso até o talo! Implicante, mas bem maleável. Não consegue ficar com raiva. Orgulho ali passa longe. Sem frescura nenhuma. Extremamente prestativo. A conversa flui do porteiro ao presidente.
Ela é o homem da casa. Sim, o homem! Geniosa, que só eu. Bons gostos e costumes. Com ela aprendi a gostar da Pimentinha. Inteligente e dedicada, até demais. A que bota ordens na casa. Não e pronto! Se faz de durona, mas tem um coração enorme (o famoso de mãe, que tudo sabe, sente e ampara). Mediadora e resistente. Religiosa. Ao carinho dela, nada se compara.
Ela é a mais nova. Uma dramática. Tííímida... Fala pouco, até criar intimidade. Tão carente nesse mundo. Um grude. Amorosa, de dar agonia. Centrada, determinada. Odeia mentiras, uma graça. Católica apostólica romana. Sutil. Dócil. Desorganizada. Se apega fácil. Adora guardar objetos desnecessários.
Já passamos por poucas e boas. Preparados (ou não nada. SIM!) pra outras!
Um completa "descompletando" o outro.

"E a gente vive junto
E a gente se dá bem
Não desejamos mal a quase ninguém
E a gente vai à luta
E conhece a dor
Consideramos justa
Toda forma de amor"