Não queiram me "marionetar". Quando me sinto a vontade, eu ajo, sem precisar de terceiros.
Eu quero ser dona de mim, do meu mundo, dos meus anseios. Dona do meu tempo...
"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo" C.L.
"O que sou nesse instante? Sou uma máquina de escrever fazendo ecoar as teclas secas na úmida e escura madrugada. Há muito já não sou gente. Quiseram que eu fosse um objeto. Sou um objeto. Objeto sujo de sangue. Sou um objeto que cria outros objetos e a máquina cria a nós todos. Ela exige. O mecanicismo exige e exige a minha vida. Mas eu não obedeço totalmente: se tenho que ser um objeto, que seja um objeto que grita. Há uma coisa dentro de mim que dói. Ah, como dói e como grita pedindo socorro. Mas faltam lágrimas na máquina que sou. Sou um objeto sem destino. Sou um objeto nas mãos de quem? Tal é o meu destino humano. O que me salva é o grito. Sou um objeto urgente."
C. L.