1 de set. de 2009

Pêssego - Manoel de Barros

Proust
Só de ouvir a voz de Albertine entrava em orgasmo. Se diz que:
O olhar de voyeur tem condições de phalo (possui o que vê).
Mas é pelo tato
Que a Ponte do amor se abre.
Apalpar desabrocha o talo.
O tato é mais que o ver
É mais que o ouvir
É mais que o cheirar.
É pelo beijo que o amor se edifica.
É no calor da boca
Que o alarme da alma grita.
E se abre docemente
Como um pêssego de Deus.

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